POST MUSICAL(?) [3]

Desta vez vou inverter a ordem. Primeiro eu mostro o clipe e depois comento.

M.I.A. – Born Free

M.I.A, Born Free from ROMAIN-GAVRAS on Vimeo.

Forte, né? Eu gostei!

Agora a explicação da interrogação no título:

Quando terminei de ver o vídeo, logo pensei “PORRA!”... Depois: “Ih, Caralho... Não lembro da música, tenho que ouvir (ver) de novo!”. Mas aí eu parei pra pensar o porque eu não me lembrava da música... Nesse momento me veio a inspiração para esse post, que vai falar bem pouco de música e bem mais da forma como ela se relaciona com as imagens (especialmente no caso desse clipe).

Bom, como já disse, eu GOSTEI do vídeo! A ideia é interessante. Ele é extremamente bem produzido e eu gosto muito da forma como o diretor conduz a trama. O final é um tanto quanto fraco, se comparado ao todo, mas acho que não compromete muito. A intenção é CHOCAR e funciona! Gosto muito da fotografia e da maioria das atuações. Resumindo: achei um curta-metragem MUITO bom!

Mas é aí que está o problema! Essa porra é um curta... Não um clipe! Talvez eu esteja equivocado, mas as imagens de um vídeo-clipe devem casar e COMPLEMENTAR a música! Mas isso não acontece, sabe o motivo? O vídeo é muito melhor e mais interessante que a música!

“Born Free” acaba servindo, de forma interessante, como TRILHA SONORA do curta. A sonoplastia do vídeo (bem “presente”) deixa as imagens muito vivas na percepção do espectador, jogando a música em um segundo plano.

Talvez seja pura CHATICE da minha parte, mas se eu sou o músico, não deixo isso acontecer. Uma bela grana foi investida em algo que deveria ressaltar a música da M.I.A., mas não o faz!

Por outro lado (sempre tem o outro lado), a ideia do vídeo é boa e pode ter cativado muito tanto a artista, quanto seus produtores, que preferiram não deixar passar.

É difícil falar, mas acredito que a ausência de sons ambiente e das falas dos personagens pudesse resolver esse problema. Repito: é DIFÍCIL falar! Mas que não funcionou, não funcionou MESMO!